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Métrica que fiz

Lá estão olhos vermelhos

Sono não acompanha

Eremita segurando pela mão

Cantigas distantes

Nenhuma canção

Nenhum riso próximo

Nenhum abraço quente

Palavras ausentes

A pele sente

Amor de tão forte dói

De tão forte fere

De tão forte chora

De tão leve ama

Tão profundo clama

Tempo investido

Palavras trocadas

Experiências compartilhadas

Ela continua; espada empunhada

Não sei amor sou flor

Não sei amor sou sol

Não sei amor sou brisa

Sei o que grita na mente

Coração, pele, respiração

Métrica que fiz

Sem meio termos por um triz

Fui, voltei, retornei, amei

Tanto que amo, seguro inflamo

Do amor maior que vivi e ganho

Flutuo nesse sentir, passado, presente

O futuro está aqui.

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