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Solo frio

Caminhar, passos curtos

Em cada aperto, calos saltam

Calos d'alma

Costurar os buracos, remendar

pular obstáculos

Dias nublados, frio sem abraço

tênis sem cadarço

Café frio, gotas de chuva tocam a pele

Quiça é insensível, perdeu a esperança

É somente pele, aquela que não sente e não fere

Mergulhando nas ondas escuras

Procurando a chave para a luz

Encontrei nãos e o podre alcaçuz

A estrada desenhada guia à torre

A torre em chamas onde não existe outrora ou morada

O aconchego da dureza da alma

Tornando-se o xeque-mate da jogada

Os longos passos próximos, são misteriosos,

Sem ver onde pisar, sem calçado, sem meias

Sente o gelar dos dedos ao tocar o solo frio, começo Sombrio

Para sentir o calor e ver a luz

Terá que enfrentar sem casaco ou capuz

Talvez uma vela, um cajados sem cela

São somente momentos de perda, para que se possa acreditar na glória

E por essa vida, sem demora

A vitória gritante em sua mente, se tornará seu desafio constante

O obstáculo tornou-se seu amante.

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