Caneta esquecida
Olhos ardem Em profundezas de gritos
Por fora rosas e chocolates
Por dentro amor em vidro
As teias seguram
Impedimentos amargos
Boca seca, língua amarga
Ela sangra, a vida não anda
Caneta esquecida
Páginas em branco envelhecidas
Silêncio barulhento
A força do vento quebra o momento
Unhas crescendo, cabelos morrendo
Vejo o claro, a doce realidade a que me prendo
O poeta está morrendo